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Sergipe: Mulher vende botijão de gás para comprar comida para filha de 9 anos

  • 18 de jul.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 26 de ago.


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A estrutura em nada lembra uma casa convencional. No lugar das paredes, há madeira prensada e paletes, além de lonas improvisadas que tentam proteger da chuva e garantir um pouco de privacidade. O telhado de amianto deixa o ambiente abafado nos dias de calor e sem qualquer conforto nos dias frios.


"Essa porta, sabe… o vidro tá quebrado. Aí, eu não tive mais pau pra cobrir em cima. Tô vivendo assim, mas seja o que Deus quiser. Fui ajeitando do jeito que pude, porque não podia muito, como o senhor mesmo viu. Foi só feito de pallet e plástico, porque não tive condições de botar outra coisa. Tem uns defeitos, porque nada é perfeito, né? E é isso… tô vivendo", relata Priscila Barbosa dos Santos, que há 14 anos mora no barraco localizado no Bairro Nova Liberdade 3, na Zona Oeste de Aracaju (SE).


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"Teve uma época que, antes do povo da prefeitura vir cadastrar aqui, eu não tava. Tava numa vida muito desorganizada, não pensava em ter meu teto, entendeu? Não pensava no futuro. Vivendo pelo mundo. De uns três, quatro anos pra cá, eu botei minha mente no lugar e disse: vou correr atrás de novo, do meu barraco", continua ela.


Além de frágil, a estrutura se resume a um único cômodo, que serve como quarto, sala e cozinha. Banheiro? Esse espaço não existe. Mãe e filha contam com a solidariedade dos vizinhos.

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"Uso o banheiro das meninas, minhas amigas. Graças a Deus, tenho pessoas boas que me ajudam, que me apoiam pra seguir em frente. Com fé em Deus, eu vou vencer", diz Priscila, em tom de gratidão.


Há poucos dias, Priscila completou 32 anos, seis desses derivados ao trabalho como agente de limpeza em duas empresas de Aracaju. Desempregada há pelo menos três anos não consegue voltar ao mercado de trabalho.


A realidade a coloca abaixo da linha da pobreza: Priscila vive com menos de R$ 22 por dia. Recebe R$ 650 do Bolsa Família, o equivalente a R$ 19,50 por dia. Esta semana, precisou vender o botijão de gás de cozinha para comprar comida para ela e a filha de apenas 9 anos.


"Agora estou cozinhando em um fogão à lenha improvisado, que montei do lado de fora da casa", conta, com os olhos brilhando — não de emoção, mas de angústia — por não conseguir oferecer conforto à filha.





 
 
 

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