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Inverno chega com gente sem cobertor morrendo de frio nas ruas de SP

  • 21 de jun. de 2024
  • 2 min de leitura

Quando o inverno começou às 17: 51 do dia 20 de junho de 2024, a maior cidade da América Latina (São Paulo) já contabilizava cinco mortes supostamente provocadas por hipotermia (frio). A última foi de um boliviano o horas antes da estação começar oficialmente.


O levantamento com o número de mortes é do site O Antagonista, divulgada no dia 6 de junho na reportagem "Ondas de Frio em SP: Registro da quarta morte por hipotermia).


Populares que tiverem contato com a quinta vítima revelaram que o boliviano tinha passado o dia descarregando um caminhão de material de construção, quando decidiu pedir ajuda no abrigo.


O site Que Vem da Ruas conversou com o fotógrafo Victor Angelo Caldoni. Ele é o autor da fotografias que registraram o corpo do homem em situação de rua na porta de um abrigo. "O rapaz foi encontrado morto em frente ao Arsenal da Esperança, na Mooca, próximo a estação da Bresser-Mooca. Ele chegou ontem à noite pedindo pra entrar e pedindo coberta, mas negaram a ele", afirmou Caldoni.

Perfis de redes sociais ligadas aos movimentos de defesa da população em situação de rua da cidade de São Paulo lamentaram a forma como tudo aconteceu: "Testemunhamos em São Paulo mais uma tragédia na batalha cotidiana de um morador de rua. Um homem que buscava abrigo e segurança, foi impedido de entrar no albergue @arsenal_da_esperanca . Uma porta que deveria ser de acolhimento, estava fechada", escreveu o perfil Da Organização Contra Pobrefobia.


Já a página do Instituto a Nossa Jornada mostra a realidade cruel: "ele pediu para entrar, mas foi rejeitado pelos guardiões da indiferença, por apresentar sinais de embriaguez. Condenado, passou sua última noite na calçada do abrigo. Quantas mais devem ser as vidas perdidas pela indiferença antes que vejamos os nossos iguais, com a dignidade e o respeito que merecem? Este erro, este crime, só foi revelado pela vigilância solidária dos que conhecem a dor do abandono, provando que a união dos oprimidos é mais forte que as políticas frias e desumanas daqueles que se dizem salvadores".






 
 
 

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