Aracaju: Mulher diagnosticada com sífilis e sarna precisa de ajuda médica

“Tenho medo de perdê-la”. A mensagem chegou ao final da noite de ontem encaminhada por uma voluntária, que há anos distribui mantimentos nas ruas de Aracaju. A pessoa é uma mulher em situação de rua, diagnosticada com sífilis e sarna, que vive em na Praça do Cemitério da Cruz Vermelha, na Zona Norte da Capital.

Segundo a voluntária, o estado de saúde dela é grave e precisa ser internada. “Ela é atendida por algum programa que passa nas ruas, mas você sabe, ela não tem estrutura. Àquela menina do jeito que está, precisa ser hospitalizada. Está com o corpo coberto de sarna e foi diagnosticada com sífilis. É uma pessoa que tem escabiose em grau alto, parecendo que está com sarampo”, contou a voluntária.

A mulher é cuidada por um senhor, também em situação de rua. Entre eles, a informação é que outras três pessoas, que vivem no local, também foram diagnosticadas com sarna. “Eu só sei por eles me contam”, afirmou a voluntária, muito preocupada com toda a situação.

Sífilis

A sífilis é uma doença sexualmente transmissível, tratável e com possibilidade de cura. Conforme informações do site do Ministério da Saúde, a doença “pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada ou para a criança durante a gestação ou parto. Em formas mais graves da doença, se não houver o tratamento adequado pode causar complicações graves como lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte”.

O que diz o Município

Nossa equipe entrou em contato com a Secretaria da Saúde de Aracaju e recebeu a seguinte nota:

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informa que a usuária foi identificada com quadro de possível piodermite (doença inflamatória na pele), no mês de março, e recebeu tratamento e medicações com as devidas orientações posológicas. Sobre a sífilis, a SMS ressalta que houve diagnóstico e tratamento prévio no final de 2021 pela equipe do Consultório na Rua, que reavaliou-a e solicitou novos exames, porém ela não os fez. A SMS tem feito busca-ativa para acompanhá-la ao laboratório para realização desses exames com várias tentativas de articulação sem sucesso.

Sobre o senhor que cuida dessa mulher e que tem escabiose, a equipe já fez avaliação diagnóstica, com condução terapêutica, entrega das medicações com supervisão da tomada e até encaminhamento ao Hospital de Urgências de Sergipe no transporte institucional. No momento, o caso está sendo acompanhado e a Secretaria reforça que, apesar de assegurar os devidos cuidados e serviços de saúde, não é possível obrigar o usuário a submeter-se à realização de exames.