Homem negro, com problemas mentais e em situação de rua foi assassinado a tiros em Aracaju
- 27 de jul.
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O corpo de Luiz Maghave de Souza, 37 anos, foi identificado na manhã deste domingo (27) após permanecer cinco dias sem identificação no Instituto Médico Legal de Sergipe (IML), em Nossa Senhora do Socorro (SE). De acordo com testemunhas, ele foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e levado ao Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE), onde faleceu.
Ele era negro, tinha diagnóstico de esquizofrenia e, na terça-feira (23), foi morto com um tiro disparado por uma pessoa, ainda não identificada, na Rua Pacatuba, no Centro de Aracaju. O crime foi na mesma rua onde funciona o anexo da Polícia Militar de Sergipe.
“Ele tinha problemas mentais. A gente precisa pedir que a polícia investigue as câmeras da região para entender o que aconteceu. Mais esse crime contra nossa população não pode ficar impune. Quem cometeu essa atrocidade deve sentir o peso da lei”, clama um líder do movimento, que preferiu não se identificar.
Desde a semana passada, o Que Vem das Ruas, a Pastoral do Povo da Rua, o Consultório na Rua e o Coletivo A Rua reuniram documentos que permitiram a identificação do corpo no IML. Agora, a tentativa é de localizar os familiares.
Luiz Maghave de Souza nasceu em 8 de novembro de 1987. Era filho de Francisca Raimunda de Souza (in memória) e de José Adelmo dos Santos. Há informações de que ele vendia frutas na antiga rodoviária com uma irmã e tinha familiares no município de Salgado (SE).
Após a morte da mãe e do fim d0 relacionamento com a esposa, Maghave entrou em depressão e passou a fazer uso de drogas. Em 2023, chegou a passar um ano na Fazenda Esperança, tirou a carteira de habilitação e trabalhou como motoboy.
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