Sergipe lidera ranking de insegurança alimentar no Brasil
- 25 de abr. de 2024
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Os dados do módulo de Segurança Alimentar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C) divulgados nesta quinta-feira (25) pelo IBGE, revelam que em 2023 Sergipe tinha 1,206 milhão de pessoas em situação de insegurança alimentar. Isso corresponde a 50,6% das pessoas residentes no Estado, ficando com a pior posição entre as 27 unidades da Federação.
A pesquisa revelou que 49,4% dos moradores estavam em situação de segurança alimentar no terceiro trimestre de 2023, somando 1,176 milhão de pessoas. A insegurança alimentar leve atingia cerca de 766 mil pessoas, o que corresponde a 32,1% da população do estado. No caso da insegurança alimentar moderada, foram estimadas aproximadamente 314 mil pessoas, ou 13,2% da população. Por fim, para a insegurança alimentar grave, contabilizaram-se 126 mil pessoas em todo o estado, representando 5,3% da população.
Somando os três níveis de insegurança alimentar (leve, moderada e grave), Sergipe chega a um total de 1,206 milhão de pessoas, o que, proporcionalmente, se traduz em 50,6% da população. Sergipe encabeça o ranking das 27 unidades da federação, seguido por Pará (50,3%), Amazonas (47,3%), Maranhão (46,0%) e Piauí (44,3%). Os melhores níveis de segurança alimentar estavam nos estados da região Sul, com Santa Catarina tendo apenas 12,0% dos moradores com insegurança alimentar, seguido do Paraná (18,9%) e do Rio Grande do Sul (20,3%).
A situação em Sergipe é mais destacada nos dois primeiros níveis de insegurança alimentar. No caso da insegurança alimentar leve, o estado mais uma vez encabeça o ranking das 27 unidades da federação, com 32,1% dos moradores nessa condição. Piauí (30,7%) e Pará (28,9%) completam o ranking. Já para a insegurança alimentar moderada, Sergipe, com o pior percentual (13,2%), é seguido por Pará (11,2%) e Amapá (11,1%).
A situação melhora quando se leva em conta apenas a chamada insegurança alimentar grave. Nesse ranking, Sergipe sai da lista dos 10 estados com piores proporções de moradores de insegurança alimentar e passa a ocupar a 11ª posição da lista (5,3%). Os estados em situação mais alarmante são os da região Norte, com o Amazonas (10,3%), o Pará (10,2%) e o Amapá (8,7%) com os piores percentuais.
A Metodologia
A pesquisa sobre segurança alimentar foi realizada por meio de uma parceria entre o IBGE e o Ministério de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome e teve como referencial metodológico a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), que permite a identificação e classificação dos domicílios de acordo com o nível de segurança alimentar de seus moradores.
A EBIA é utilizada como medida direta da percepção da insegurança alimentar em nível domiciliar. Ela classifica os domicílios em quatro categorias: Segurança Alimentar, Insegurança Alimentar Leve, Insegurança Alimentar Moderada ou Insegurança Alimentar Grave.
Segurança alimentar: os moradores do domicílio têm acesso regular e permanente a alimentos de qualidade e em quantidade suficiente;
Insegurança alimentar leve: apresenta comprometimento da qualidade da alimentação em detrimento da manutenção da quantidade percebida como adequada;
Insegurança alimentar moderada: apresenta modificações nos padrões usuais da alimentação entre os adultos concomitante à restrição na quantidade de alimentos entre os adultos;
Insegurança alimentar grave: é caracterizada pela quebra do padrão usual da alimentação com comprometimento da qualidade e redução da quantidade de alimentos de todos os membros da família, inclusive das crianças residentes no domicílio, podendo ainda incluir a experiência da fome.
Fonte: Superintendência Estadual do IBGE em Sergipe
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