“Queria ver meus filhos, só isso", diz idoso em situação de rua
- 11 de ago. de 2024
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Este 11 de agosto de 2024, domingo de Dia dos Pais, será mais um como qualquer outro para o senhor Genivaldo Ferreira Souza, 64 anos, que vive em situação de rua na capital sergipana. Dentro da barraca feita com restos de papelão e lona ele sonha com os beijos e os abraços dos filhos.
"Queria ver meus filhos, só isso. São três e faz uns dez anos ou mais que não encontro eles”, conta emocionado, devorando um pastel doado por um comerciante.
Enquanto Genivaldo deseja, outros têm e nem valorizam. Deixam escapar o amor presente na relação de pai e filho. Ignoram, abandonam, maltratam, matam...
No interior do barraco em frente ao Cemitério Cruz Vermelha ele também tem outros sonhos. Estes mais fáceis de serem realizados. "Preciso de minha aposentadoria. Também queria um radinho de pilha pra passar o tempo e uma bíblia", revela.
Há cerca de 15 anos, Genivaldo Ferreira Souza acabou o casamento por causa do vício do álcool. Desnorteado, caminhou por dois meses e 15 dias de Itabuna (BA) até chegar em Aracaju, um percusso de 630 km.
Este pai em situação de rua ainda guarda no coração o desejo de reencontrar os filhos, mas falta a condição física de antes. Agora, equilibra-se com o apoio de uma bengala improvisada com um cabo de vassoura retirado do lixo.
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