Pardos e pretos representam 68% da população em situação de rua no Brasil
- 29 de abr. de 2024
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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é o responsável pelo Censo realizado a cada 10 anos no país, porém, a metodologia aplicada exclui as pessoas em situação de rua por não possuírem domicílio. Oficialmente, essa população é medida pelo número de registros do Cadastro Único (CadÚnico), somando 261.653 em dezembro de 2023. Desses, pardos e pretos representam 68%.
O cadastro do Governo Federal é feito a partir de documentos oficiais, sem os quais, essas pessoas mais uma vez entram na exclusão, na invisibilidade. Mas a título de metologia, o Que Vem das Ruas utilizará os dados do CadÚnico, mesmo não condizendo com a fidelidade das ruas.
Os números apontam 88% do sexo masculino, 68% pardos (50%) e pretos (18%) e acima de 18 anos. A maioria, 57%, tem entre 30 e 49 anos.
Para o Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua (POLOS), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), os números são o reflexo do racismo estrutural e precisam ser confrontados com "reparação integral por todas as violações de direitos vivenciadas pela população negra".
Mas o que provoca esse fenômeno social cada vez mais presente nas ruas do Brasil? Os números também respondem. 44% tiverem problemas com os familiares e 28% com o alcoolismo e uso de drogas.
Na segunda colocação está o desemprego com 38%, uma relação direta com o período pandêmico e os efeitos do pós. Cerca de 60% das pessoas disseram que estavam em situação de rua há 2 anos. Apenas 12% têm mais de 10 anos.
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