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Livro conta história de mulheres idosas em situação de rua

  • 8 de ago. de 2024
  • 2 min de leitura

Clara é uma mulher sensível e afetuosa que enfrenta uma depressão grave, mas tende a negligenciar os cuidados com a saúde mental. Já Maria Caballeros é uma ex-guerrilheira que participou do movimento de resistência contra a ditadura militar no Chile e tornou-se uma pessoa em situação de rua na capital paulistana.


A vida das protagonistas de O Diário do Conflito segue cursos opostos e independentes até que elas se encontram na calçada em São Paulo e têm suas trajetórias transformadas de maneira drástica.


Escrita por Carlos Reis Agni, a obra aproxima a história de personagens que buscam, cada uma a sua maneira, um motivo para continuarem vivas. Idosa e depois de ter conhecido o abandono, a chilena sofre um sangramento e precisa ser internada.


Comovida pela situação que acontece nas ruas do grande centro paulista, Clara se compromete em cuidar dela durante a internação. Mas o que parece apenas um ato de bondade vai se tornar uma trama complexa repleta de mistérios e crimes.


Os leitores imergem na narrativa a partir de dois pontos de vista principais: o de Maria Caballeros, através de um diário sobre as violências do regime ditatorial e o improvável surgimento do amor diante de uma realidade adversa; e o de Clara, que reflete sobre a própria maneira de ver o mundo ao ler os escritos da ex-guerrilheira.


Entretanto, é o terceiro narrador que adiciona mais suspense à obra: Kailã é um ambientalista apaixonado pela bióloga Janete Mendes, uma mulher disposta a cometer qualquer delito para defender o meio ambiente.


"Seria bom que as horas não tivessem passado, pois algo que jamais sairá das nossas memórias envolveu os nossos sentimentos. Chego a confessar que faria tudo outra vez. Morreria quantas vezes fossem necessárias para viver a vida de forma verdadeira, sem arrependimentos, pois, apesar de tudo, foi no meio de um conflito, na total instabilidade de nossas vidas, que descobrimos o amor"

(O Diário do Conflito, p. 58)


Os quatro personagens estão unidos por meio de um fio condutor envolvendo diferentes linhas do tempo, apagamentos históricos, violações de leis e negligência de transtornos mentais. Com enigmas resolvidos apenas nas últimas páginas, O Diário do Conflito conta com um enredo dedicado aos apaixonados por encontrar respostas para incógnitas aparentemente sem solução.


Mas o livro de Carlos Reis Agni extrapola a aventura e o suspense, porque discorre sobre valores essenciais da existência humana. A busca por um sentido maior para o cotidiano, a importância de lutar para uma causa e a necessidade de continuar enfrentando os conflitos diários estão presentes entre as páginas. Assim o autor propõe um questionamento: “o que você faz para dar sentido à vida e para viver por aquilo que acredita?”.


O Diário do Conflito faz parte de projeto literário que adapta as obras do autor para a versão digital e conta com apoio da Lei Paulo Gustavo, por meio do Governo do Estado da Bahia e Governo Federal. 

 
 
 

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