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Flanelinha x Políticas Públicas

  • 17 de jun.
  • 2 min de leitura

Nem tudo pode ser feito apenas sob o olhar da Segurança Pública. É o caso dos trabalhos precários que algumas pessoas em situação de vulnerabilidade desenvolvem no mundo inteiro, como: a catação de material reciclável, o carregamento em feiras livres, as vendas nas praias, o serviço de flanelinhas, entre outros. Para muitos, é a única forma de sobrevivência.


Nos últimos meses, percebo uma criminalização descabida em relação aos flanelinhas em Aracaju, que até deixaram de ser vistos em alguns eventos. Onde estão? Foram acolhidos em algum programa social?


[É importante esclarecer: não me refiro à prática do crime de extorsão ou a outras violências previstas no Código Penal e na Lei de Contravenções. Essas práticas devem, sim, ser coibidas, e seus transgressores, devidamente punidos.]


O que não vejo, na esfera pública, é uma preocupação proporcional com o aspecto social dessas pessoas. Alguém já pensou na possibilidade de qualificação dos flanelinhas? Afinal, sempre haverá a demanda por esse tipo de serviço — seja para proteger, seja para lavar um veículo.


Não seria o caso de Estado e Município promoverem cursos de capacitação para essas pessoas, com temas como: abordagem ao público, noções de Código Penal e de Lei de Contravenções, e questões práticas, como "posso cobrar por serviços em via pública?"?


A educação sempre será mais eficaz do que a repressão. Existem ações que se assemelham a “jogar o lixo debaixo do tapete”. E, quando a sociedade perceber, o problema social estará ampliado e mais difícil de resolver.


O programa Estação Acolher, do Arraial do Povo, foi uma boa e feliz iniciativa para uma população invisibilizada. Agora, precisamos cuidar dos flanelinhas. Assim, todos ganham: Estado, Município, turismo, economia, IDH... Podemos tentar?

 
 
 

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