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Crescimento da população em situação de rua vai na contramão dos ODS

  • 2 de jun. de 2024
  • 2 min de leitura

Por Anderson Barbosa*.



O primeiro dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, das Nações Unidas, fala sobre o desafio de erradicar a pobreza pelos próximos anos, cumprindo a Agenda 2030. Neste item, podemos incluir as pessoas que vivem em situação de rua, que no Brasil não param de crescer.


Em maio, o Brasil atingiu a marca de 293.807 pessoas, segundo dados da Cadastro Único (CadÚnico) do Governo Federal. Esta é a forma oficial que o Brasil consegue levantar o número desta população, já que o IBGE não possui uma metodologia capaz de fazer a radiografia do grupo.


Número que pode ser ainda maior, se consideramos o fato do programa registrar apenas pessoas com documentação oficial como Registro Geral e Certidão de Nascimento.


Diante desta informação, dá para fazer pelo menos três leituras desta situação de vulnerabilidade social no Brasil. A primeira e a mais óbvia: tem mãos gente vivendo abaixo da linha de pobreza. Entre 2012 e 2022, O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) registrou um crescimento de 211%, passando de 90,4 mil para 281,4 mil em situação de rua.


A segunda análise, pontua a presença de mais pessoas acessando os benefícios sociais concedidos pelo Governo Federal através do CadÚnico; por último, tem a subnotificação de milhares de pessoas que também estão em situação de rua, mas sem documentação não podem receber os mesmos benefícios.


Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são um desafio para o Brasil e o Mundo que não têm conseguido êxito, principalmente pela falta de compromisso das autoridades ligadas à gestão dos Estados, Municípios e da própria Nação. Por isso, entendemos que os mais de 293 mil pessoas em situação de rua são um retrocesso no Brasil, porque nem sempre essas políticas de acesso à renda vêm acompanhada de outros mecanismos, como emprego e moradia digna, capazes de possibilitar a saída dessa condição social.


*Anderson Barbosa, jornalista e Mestre em Comunicação pela Universidade Federal de Sergipe (UFS).

 
 
 

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