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Censo Pop Rua: 623 pessoas vivem em situação de rua em Aracaju

  • 13 de mar.
  • 2 min de leitura

[Por Anderson Barbosa]


Na manhã desta quinta-feira, 13 de março, o Grupo de Trabalho Censo Pop Rua divulgou os números oficiais sobre a população em situação de rua de Aracaju atendendo a demanda do Decreto 7.053 de dezembro de 2009. A contagem aconteceu entre os dias 3 e 5 de setembro do ano passado, quando foram contabilizadas 623 pessoas adultas dormindo nas ruas, vivendo em abrigos públicos ou hospitalizadas temporariamente.

 

Esta primeira etapa (Contagem) correspondeu a contagem através da observação e entrevista direta nas regiões do Centro (29,5%), Zonas Norte e Oeste (29,2%), Abrigos da Assistência Social (22,4%), Zona Sul (15,9%) e nos Serviços de Saúde Mental (3%). Na segunda etapa (Caracterização), os dados foram melhor analisados e revelaram o perfil dessas pessoas.

 

Sobre o local de nascimento: 62,7% são de Sergipe; 11,8% de Alagoas; e 10,6% da Bahia. A pesquisa revelou que 68% têm como cidade de origem Aracaju. No quesito ‘Tempo em Situação de Rua’ 30,86% tem de 1 a 5 anos; e 17,9% menos de 1 anos; o mesmo índice das pessoas com vivência nas ruas entre 11 e 15 anos. A maioria tem entre 36 e 41 anos de idade.

 

O Censo Pop Rua Aracaju apontou que 79% dessa população são homens e 17,9% mulheres. Mulheres Trans, Travestis e Não Binário somam 3,1%. Essa parcela da sociedade é formada por heterossexuais (88,89%), bissexuais (5,56%), gays (2,47%) e lésbicas (1,23%).

 

No quesito Educação:

  • 67.9% afirmaram saber ler e escrever;

  • 12,90% não sabem ler e escrever;

  • 11,75% apenas escrevem;

  • 4,32% só sabem ler;

  • 1,85% não responderam a pergunta;

  • e 1,23% deram uma resposta diferente.

 

Os recenseadores perguntaram onde essas pessoas costumam dormir e o resultado foi: 80,25% na rua; 12,96% em abrigos; 1,85% em casa de parentes ou amigos; 3,09% em ocupação; 1,23% casa própria ou alugada; e 0,62% em outros espaços. Das pessoas ouvidas, 47,5% disseram que mantém vínculo com familiares ou pessoas próximas, já 51,2% têm os vínculos desfeitos.

 

A aplicação do questionário revelou que 33,86% foram para as ruas por conflitos familiares; 22,83% perdas afetivas; 18,11% por causa do desemprego; a mesma porcentagem em função de problemas com as drogas; 2,36% saída da prisão; e 0,79 violência sexual.

 

O Que Vem das Ruas está produzindo outras matérias com novos recortes do Censo Pop Rua 2024 de Aracaju, foi elaborado e produzido por um Grupo de Trabalho formado por: Movimento Nacional da População em Situação de Rua – Sergipe (MNPR-SE), Pastoral do Povo da Rua, Associação Católica Bom Pastor, Professores, Pesquisadores e Estudantes dos Departamentos de Educação em Saúde, Psicologia e Geografia da Universidade Federal de Sergipe. 


O Grupo também conta com o apoio e parceria das seguintes entidades: Secretaria Municipal da Família e da Assistência Social, Secretaria Municipal de Saúde (ambas do município de Aracaju), Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão/Ministério Público Federal, Comissão de Direitos Humanos do Conselho Regional de Psicologia – 19ª Região, Comissão de Direitos Humanos da OAB-SE, Tribunal Regional do Trabalho.

 
 
 

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