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Censo: 40% dos entrevistados em Aracaju estão há cinco anos ou mais em situação de rua

  • 7 de set. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 18 de set. de 2024

Maioria das pessoas em situação de rua é do sexo masculino.


Nas noites e madrugadas entre os dias 3 e 5 de setembro 48 recenseadores, divididos em equipes de quatro técnicos, aplicaram a primeira etapa da coleta de dados do Censo da População em Situação de Rua de Aracaju (SE). O levantamento fez a análise quantitativa da população de rua.


Os dados preliminares apresentados pelo Grupo de Trabalho revelaram que dos 525 questionários aplicados 50% foram de observação e 49% abordagem direta. Desse total, 83% são do sexo masculino e 14% feminino; 47% são pardos e 40% pretos. Cerca de 40% estavam há cinco anos ou mais em situação de rua.


“Construímos uma metodologia de trabalho, que, além de se atentar ao rigor necessário para uma pesquisa censitária, manteve um compromisso contínuo com a própria participação das pessoas em situação de rua. É por isso que temos o orgulho de afirmar que é uma pesquisa construída entre muitas mãos, com os moradores de rua e para eles”, afirma Robert Carmo, pesquisador da UFS e membro do Grupo de Trabalho Censo PopRua.

"O objetivo é realizar não apenas a contagem da população de rua de Aracaju, mas também conhecer o seu perfil, para que as políticas públicas possam ser aperfeiçoadas de acordo com as suas necessidades”, explicou o  coordenador da Pastoral do Povo de Rua e membro do Grupo de Trabalho Censo PopRua, Marcos Corrêa.


“O censo permite que os gestores melhor dimensionem as necessidades desse público-alvo e, por outro lado, também proporciona maior controle social das políticas públicas. Com o resultado, melhora a fiscalização dos serviços públicos prestados a essa população em termos de alimentação, saúde, moradia, acesso ao trabalho, dentre outros", disse a procuradora regional dos Direitos do Cidadão, Martha Figueiredo.

O Grupo de Trabalho Censo PopRua foi criado há dois anos e é formado por membros do Movimento Nacional da População de Rua - Sergipe (MNPR-SE), da Pastoral do Povo de Rua, da Associação Católica Bom Pastor, integrantes do Consultório na Rua, Projeto Redução de Danos, colegiado gestor da Reaps (da Secretaria Municipal de Saúde de Aracaju), além de professores e pesquisadores da Universidade Federal de Sergipe.

 
 
 

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