Brasil chega 327 mil 714 pessoas em situação de rua

O Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua (Polos), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), divulgou mais um resultado sobre o levantamento baseado no Cadastro Único (CadÚnico) do Governo Federal. Em dezembro foram contabilizadas 327.925 pessoas em situação de rua no Brasil.

Desse total, 63% estão na Região Sudeste com 204.714 pessoas, seguida das regiões Nordeste (47.418 ou 14%),  Sul (41.712 ou 13%), Centro-Oeste (18.995 ou 6%) e Norte (15.085 ou 4%).

O estado de São Paulo possui os maiores números do Brasil com 139.799 pessoas vivendo nestas condições (43% do país), a maioria na capital 92.556 (66% do estado). O Rio de Janeiro fica na segunda colocação com 30.801 (10% do país) e na capital 21.668 (71% do estado). Minas Gerais aparece na terceira posição com 30.244 (9%) e Belo Horizonte 14.319 (47% do estado).

Brasília está entre as seis capitais com maior concentração, são 8.621. Já Palmas (197) e Macapá (141) figuram como as capitais brasileiras com a menor incidência.

Sergipe, que é o menor estado do país, possui menos de 1% da população em situação de rua nacional (1.439) e Aracaju soma 1.101 (77% do estado) ficando na posição 20 entre as capitais. Em dezembro do ano passado eram 1.267 no estado e 1.032 na capital. No mesmo período de 2018 eram 752 no estado e 591 em Aracaju. Cinco ano anos, o mês de dezembro registrou 217 pessoas vivendo em situação de rua na capital e 253 no estado.

O Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua explica que o crescimento dessas pessoas está relacionado ao acesso dessas pessoas às políticas públicas sociais e ao aumento de “pessoas e famílias chegando às ruas das cidades brasileiras por conta da ausência e/ou insuficiência de políticas públicas estruturantes”. Na última década, o aumento desta população se deve à falta de acesso à moradia, aumento da pobreza extrema e falta de oportunidade no mercado de trabalho.