Atendidos do Abrigo Freitas Brandão concluem curso de culinária no Senac
- 30 de jul. de 2024
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Foto: Richard Mayer
Nesta segunda-feira (29), um grupo de cinco pessoas em situação de rua assistido pela Casa de Passagem Municipal Freitas Brandão concluíram o curso de comidas típicas juninas no Serviço de Aprendizagem Comercial (Senac), em Aracaju.
Esta foi a 16 turmas do curso de comidas típicas juninas realizada pelo Senac em parceria com a Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo (Seteem). Durante os meses de junho e julho, cerca de 240 alunos participaram da capacitação e foram beneficiados com a possibilidade de empreender com as delícias da culinária tradicional nordestina.
“Para mim, nessa idade, é uma coisa nova, né? Renovar, como sempre. Eu só cozinhava em casa o básico, mas essa culinária ainda não. Pretendo usar o conhecimento do curso para abrir uma coisinha para mim mesmo e fazer isso tudo que nós estamos fazendo por aqui”, planeja Eduardo José dos Santos, 56 anos.
Gueribaldo Guedes, de 59 anos, também é um dos acolhidos. Há sete meses ele veio de Salvador para Aracaju. Já possui experiência em cozinha, mas a culinária junina ele aprendeu durante o curso.
“A experiência é muito boa, eu já tenho uma noção básica de culinária, mas aprendi muito, a experiência foi ótima. Quem tiver essa oportunidade, abrace, porque não tem coisa melhor do que estar sempre inovando e aprendendo. Ainda mais com o serviço técnico, um ótimo professor. A gente tem uma equipe boa aqui. Tem cozinheira, tem gente que atende em restaurantes: aí um vai aprendendo com o outro”, relatou Guedes.
A coordenadora da Casa de Passagem, Kelly Teles, acreditar na importância de estreitar os laços com todos os órgãos para o fortalecimento da cidadania dessas pessoas.
“Uma transformação de vida, porque a gente não está falando só de empregabilidade, nem de emprego e renda, a gente está falando de reconquistar aquilo que foi perdido lá atrás, de ressignificar sua vida, promover identidade, fortalecer essa autoestima, que é esquecida na situação de rua e trazendo para cá, para entender que eles são pertences nesse mundo, que é importante eles estarem aqui. É uma mudança radical na vida de cada um”, explica Kelly.
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